O Dona Lenha é um restaurante bastante tradicional em Brasília e conta com várias unidades (Asa Sul, Asa Norte, Lago Sul e Terraço Shopping). Como moro na Asa Norte, preferi ir no mais próximo de casa (unidade da 413N), mas juro que tenho uma quedinha pelo do Terraço, pois a decoração lá é super charmosa.
Desde que vi uma postagem no site Destemperados sobre o festival de Tapas do Dona Lenha fiquei curiosa para experimentar.
O festival consiste em um cardápio fechado com 13 opções, aonde o cliente escolhe o que quiser e quantas vezes quiser. As porções são pequenas (tapas!), o que proporciona (se você for um monstrinho na arte de comer) experimentar os trezes. Confesso que não consegui experimentar os trezes, mas consegui 10 (o que já me fez sair rolando até em casa).
Começamos com o Antepasto Dona Lenha (ainda bem que fui acompanhada, pois sozinha não chegaria nem no quinto prato hehehe). A primeira impressão do festival foi muito boa, e o prato chegou em menos de cinco minutos. O queijo de cabra casou muito bem com o mini pão sírio e a berinjela.
Devorado o primeiro prato seguimos... Pedimos o Crostini de Pesto e a Bruschetta Napolitana. O crostini é ok, nada muito surpreende, acredito que sirva mais como pano de fundo para os antepastos do que para comer sozinho. A bruschetta estava deliciosa, bem leve e com o azedinho do queijo de cabra ao fundo que fez a diferença.
Continuando a série de levantamentos de garfo pedimos a Lula Dona Lenha, Mini hambúrguer de picanha e a kafta com bazergan e molho tzatiziki.
A lula estava crocante e nada borrachenta, só achei que faltou um pouco de sal e pimenta e o molho que acompanha o prato não casou muito. Mas uma coisa inegável eu preciso admitir, o ponto da lula (coisa muitas vezes difícil de atingir) foi o exato.
O mini hambúrguer estava muito bom, pena ter acabado o queijo (como assim né? Acabou o queijo em um restaurante?) que cobria a carne. Mesmo sem o queijo o gosto do hambúrguer se destacou e para mim foi o terceiro melhor prato (com o queijo talvez fosse o segundo melhor) Só não foi o segundo melhor prato pq faltou umidade pela falta de queijo.
Finalmente a kafta... A sim! Esse sim... foi o melhor da noite! Kafta deliciosa, com a carne úmida, tenra, suculenta, super bem temperada e com um molho delicioso que me queria fazer repetir (infelizmente não consegui repetir o prato, pois não sobrou um milímetro de espaço na minha “barriguinha”). Do jeito que “babei ovo” para esse prato vocês podem imaginar como ele estava gostoso né? A vontade era só de pedir kafta, mas eu realmente PRECISAVA experimentar o restante do cardápio, até pq ainda tinha as mini-pizzas que eu estava louca para provar.
Depois da deliciosa kafta decidimos pedir a salada para “quebrar” o ritmo dos pratos mais pesados e nos preparar para as pizzas. Foi uma baita surpresa, pois na minha opinião foi o segundo melhor prato da noite. A salada tinha um gosto defumado delicioso, e não só por causa do salmão defumado, mas pelo molho. A alface estava super crocante e fresca. Enfim, foi uma das melhores saladas que já provei e o único prato que repeti.
Pra fechar a noite a passar a régua pedimos as três opções de pizza. As pizzas têm tamanho individual, e equivalem a mais ou menos dois pedaços bem pequenos de uma pizza comum. Achei ótimo, pois a intenção no festival é experimentar de tudo um pouco e não focar só em alguns pratos. Inicialmente já vou falar sobre a massa, pois veio uniforme nas três. A massa é leve, com pouca umidade e bem fininha. Achei ok, fica na média do que já experimentei em outras oportunidades.
Começamos com a Toscana (veja todas as descrições dos pratos na foto do cardápio logo no início da postagem). Estava bem gostosa, só achei que poderia ter ficado alguns segundos a mais no forno (o queijo estava um tikin frio).
Depois devoramos a Arabeske. Não gostei muito, pois os sabores do queijo chancliche com cebolas roxas e hortelã não casaram muito bem na minha boca, no entanto, meu companheiro de comilanças adorou. Enfim... vai do gosto de cada um.
Para finalizar tudo com chave de ouro deixamos para o final a pizza Dona Lenha I. Que bom que essa ficou para o final, pois foi a mais gostosa. A acidez do tomate cereja e a cremosidade da mussarela de búfala e parmesão fizeram a diferença. Foi um bom jeito para terminar o festival.
Estávamos satisfeitos com tanta comida. A leseira que nos abatia só pedia uma cama, uma rede ou qualquer outra coisa para se esticar. Não cabia absolutamente mais nada, por isso não conseguimos experimentar a outra opção de bruschetta e crostini e o bem conceituado mini carpáccio.
A conta deu R$98, ou seja, quase R$50 p/ cada, já com uma soda italiana e com 10% (lembrando o que festival custa R$39,90). O atendimento é formal, não te olham nos olhos, não são simpáticos e não dá para esperar muita coisa. O importante é que os pratos chegaram rapidamente e que a comida era boa. Não vá esperando muito do atendimento para não se decepcionar.
Resumindo: Valeu a pena, foi uma experiência diferente, algo que não tinha encontrado ainda em Brasília. Nenhum prato se destacou como "nossa foi o melhor que já comi" (exceto a kafta que entra no ranking), mas todos seguiram um padrão de excelência "ok". Voltaria mais vezes se estive em grupos maiores, pois o conceito de tapas é bem legal para compartilhar com “galeras”.
- Ponto Forte: Rapidez na entrega dos pratos, boa variedade, ambiente acolhedor, preço acessível e a kafta!
- Ponto Fraco: Atendimento e bebidas caras.
Dica: Não deixe de experimentar a kafta e a salada com salmão defumado... Vale a pena!
Até a próxima comilança!
Dona Lenha
Endereço: SHCN 413 Bloco D
Site: http://www.donalenha.com.br/
Funcionamento: Segunda a domingo das 12h às 24h